sexta-feira, 23 de março de 2012

INTRODUÇÃO E USO DAS TICs NO CURRICULO DO ESG

Inocêncio
INTRODUÇÃO E USO DAS TICs NO CURRICULO DO ESG[1]
“Profissionalismo e Competência dos professores” ocêncio Elias Bahule
                                                                                                        Inocêncio Bahule[2]                         
           ebahule1@gmail.com                                                          
INTRODUÇÃO
1.      Que papel podem desempenhar os professores neste processo ou no exercício das suas práticas ou que tipo de formação possuem ou necessitam para usarem as tecnólogias regularmente nas suas práticas?
A introdução das TICs no ESG em Moçambique, surge como um dos aspectos inovadores do currículo do ESG, da relevância ou da necessidade de tornar o ESG profissionalizante como resposta aos desafios da globalização ou às aspirações da nossa sociedade no sentído de formar um cidadão responsavel, activo, participativo e empreendedor, INDE (2007:01). Baseados na teoria Moderna da Concepção de Currículo que têm-se as novas teorias de currículo escolar que nos apresentam como um recurso ou de acréscimo àquelas já existentes e que buscam dar conta de um universo educacional mais extenso, mais amplo. Proposto  pela tradição diferentemente  da era  tecnologica,  lugar onde o currículo escolar se formava a partir das necessidades de cada escola e de cada aluno.
Neste sentido, o currículo é definido de acordo com as situações vividas pelo aluno dentro e fora da escola, suas relações sociais, as experiências de vida acumuladas, as quais contribuem para a formação de uma perspectiva construcionista educacional. É importante dizer que, para a formação do currículo escolar individual de cada aluno, a organização da vida particular de cada um constitui-se no principal instrumento de trabalho para que o professor possa explorar no desenvolvimento de suas actividades, (MOREIRA e SILVA).
Salientar ainda que, segundo INDE (2007:50) as TICs neste nível serão usadas como meio de ensino das diferentes disciplinas, para encorajar os alunos a usa-los para resolução de problemas, buscar e sistematizar informações e sua utilização interactiva.
Portanto, o presente trabalho visa demostrar a necessidade da mudança de atitudes dos professores face às TICs durante o seu exercício; descrever o tipo de formação que os professores necessitam para usarem as TICs na sala de aulas e ainda as dificuldades ou as vantagens que os professores do ESG têm no uso das TICs no PEA. Para o uso das TICs a sociedade e a propria educação exigem a actualização de conhecimento e a competência dos professores faces as novas tecnologias (alias qualquer mudança curricular necessitária), pois as tecnologias ou o computador na sala de aulas pode ser usado como maquina de ensinar ou a ser ensinada. Isto é, o computador como máquina de ensino consiste na informatização dos metodos de ensino, onde se implementa informações a serem passadas para os alunos, exercìcios, jogos, perguntas e receber respostas para avaliar o nìvel de assimilação ou ainda para que os alunos sejam ensinados a interagir com o computador para passar a informação para a máquina estabelecindo um ciclo: Descrição-execução-descrição.
A construção de conhecimentos, como a programação do computador para a resolver um problemas na forma de uma sequência do comando da linguaguem de programação, apresentando na tela um resultado para que o aluno faça reflexão sobre as informações ou ainda pode usar os programa para relacionar o seu pensamento em um nível metacognitivo pensando nas próprias ideias, segundo INDE (2007:50-54).
Dai que, para os professores como profissionais precisão de encontrar chaves de conhecimentos de grande utilidade para compreender as tendências e o impacto das tecnologias de informação e da aplicacação destes na educação.







1.      INTRODUÇÃO E USO DAS TICs NO ESG EM MOÇAMBIQUE

1.1.Profissionalismo e Competência dos professores
Segundo INDE (2007:50) as TICs (as tecnologias de informaçao e comunicaçao) neste nível serão usadas como meio de ensino das diferentes disciplinas, para encorajar os alunos a usa-los para resolução de problemas, buscar e sistematizar informações e sua utilização interactiva.
De acordo com esta lógica, o computador pode ser usado como fonte de informação ou ainda com instrumento de representação do pensamento sobre o conhecimento em construção, de troca de informação e de elaboração colaborativa (ALMEIDA, 2004:40).
Para PAPERT (ob.cit) o uso do computador é vista a uma abordagem de construcionismo pois o seu uso é meramente para a construção mental dos alunos, baseado no que VALENTE (1993) diz, na programação dos computadores para ensino-aprendizagem, deve se ter em conta o papel do professor como mediador, facilitador e orientador dos alunos e por isso deve se especificar os elementos construtivos do ciclo: descrição-execução-reflexão-depuração, de modo a realimentar-se a evolução do conhecimento e aprendizagem ou seja a aprendizagem e a construção do conhecimento basear-se-ao no esforço do pensar, do abrir espaços para a reflexão, do aprender a aprender, aprender a estudar, do estímulo à curiosidade intelectual e ao questionamento à dúvida, e não à fixação do conteúdo que é dado na aula pelo professor mas sim, nas suas buscas no computador.
Por exemplo, a programaçao do computador para resolver um problema, o aluno deve ser capaz de passar a idéia de como resolver o problema na forma de uma sequência de comandos da linguagem de programação-descrição da solução do problema usando comandos da linguagem de programação, e por sua vez, realiza a execução desses procedimentos, e age de acordo com cada comando. Como por exemplo, a apresentaçao e representaçao de um resultado na forma de um gráfico, onde o aluno recolhe o que está sendo construído e faz uma reflexão sobre essas informações.
No processo de refletir sobre o resultado de um programa de computador pode acarretar acções alternativas, onde o aluno não modifica o programa porque as suas idéias iniciais sobre a resolução do problema correspondem aos resultados apresentados pelo computador e para si, o problema está resolvido; ou depura o programa quando o resultado é diferente da sua intenção original. A depuração pode ser programação, sobre um conceito envolvido no problema em questão (por exemplo, o aluno não sabe sobre o ângulo), ou ainda sobre estratégias (o aluno não sabe como usar técnicas de resoluções de problemas). A actividade de depuração é facilitadora da análise; como por exemplo o modo como o aluno possa achar seus erros, assim, o aluno pode também usar seu programa para relacionar com o seu pensamento num nível metacognitivo, analisando seu programa em termos de efetividade das idéias, estratégias e estilo de resolução de problema. Nesse caso, o aluno começa a pensar sobre suas próprias idéias - Abstração reflexiva.
Portanto, observando algumas das demandas como prática e a formação do professor para esse novo contexto, pensamos que pricisa de se ter nas escolas profissionais competentes para esses desafios. NIQUICE (2006:94), relaciona a competência docente, a um conjunto delimitado de problemas e capacidades de arrolar os recursos cognitivos.
Nisso, para PERRENOUD, a competência docente abarca: (a)  a organizar e dirigir situações de aprendizagem; (b) administrar a progressão das aprendizagens; (c) conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciações; (d) envolver os alunos nas suas aprendizagens e nos seus trabalhos; (e) trabalhar em equipe; (f) participar da administração da escola; (g) informar e envolver os pais; (h) utilizar as novas tecnologias; ( i) enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão; (j) administrar a sua própria formação.
Faz ainda outra abordagem, segundo a qual “competência como aptidão para enfrentar um conjunto de situações análogas, mobilizando de uma forma correcta, rápida, pertinente a criativa, múltiplos recursos cognitivos: saberes, capacidades, microcompotências, informações, valores, atitudes, esquemas de percepção, de avaliação e de raciocínio” PERRENOUD (2002:19).
Portanto, observando a compentência profissional do professor como capacidade de utilizar as novas tecnologias, no dizer do Perrenoud. Questionamo- nos:
Que papel podem desempenhar os professores neste processo ou no exercício das suas práticas; que tipo de formação possuem ou necessitam os professores para usarem as tecnólogias regularmente nas suas práticas?

1.2. Formação de Professores para Integração e Exploração das TICs no PEA

1.Que importância atribuem os professores as TICs e que tipo de beneficios acham  que o seu uso pode trazer para o PEA?

Segundo ZABALZA (1988), Citado pelo PACHECO (1997), O ensino concebe se  como uma actividade com dois caminhos: o professor e alunos que inter-relacionam-se por um sistema de comunicação.
A actividade docente ou seja de ensino é uma tarefa profissional que exige conhecimentos e saberes especializados e uma actuação racional do indivíduo, tornando se necessário aplicar as técnicas fundamentadas pedagogicamente e adaptadas à situação concreta dos alunos e da turma (da sala de aulas). Isto é, a acção que um professor profissional sente no seu exercícios, a necessidade de o professor sentir que o ensino é indissociável entre ele (altamente competente e preparado como profissional) e o ambiente do seu exercício, dará resultados positivos. Além de promover uma racionalidade da actuação do professor para um ensino seguro.
 ZABALZA (1994), diz que “o professor deve intervir com opiniões, valores, atitudes, entusiasmo, conhecimentos e antecedentes pessoais para garantir a qualidade de ensino”. Isto é, o professor não deve se esquecer que o ensino não depende somente das suas intenções mas também das: Situação concreta, contexto institucional e curricular.
Segundo (CHAVES et al:1997), “A competência profissional do professor pode ser relacionada com o desempenho da eficácia”, podendo esta ser identificada nas situações reais da prática do ensino como carácter individual ou no contexto situacional em que actua, e a maneira como o professor se sente a cerca da sua profissão em relação a outros profissionais.
Portanto, uma das situções problematicas da intregração curricular, neste contexto de integração das TICs no contexto educacional tem a ver com o que o professor for capaz de fazer no contexto real da sala de aulas em relação ao uso do computador na aprendizagem e fundamentalmente a preparação que os professores possuem, ou seja dos conhecimentos ou a competência que efectivamente tem sobre os modelos de integração e exploração das TICs no contexto de Ensino/ aprendizagem, COSTA at al (2007:239).
Face aos cenarios acima apresentados, precisamos de compreender a necessidade de formação de professores para a incorporação destas práticas, pois embora existam computadores em algumas escolas, porem, existe um grande número de professores que não usa ou tem dificuldades no uso das ferramentas básicas do computador, dai que precisamos de buscar uma estratégia que permite superar tais dificuldades. Portanto, das entrevistas feitas a professores numa escola do 1º Ciclo do ESG, revela que exitem deficuldades nos professores para uso de ferramentas básicas e se usam fazem no por aprenderam de uma forma autonoma.
Isto é, analisando os modelos de formação de professores do ESG no nosso país, nota se que os professores não receberam ou não recebem formação especifica para utilizarem computadores na sala de aulas como meio de ensino, se sim, fizeram no pela sua própria iniciativa e os que possuem apenas o dominio básico. Dai que chama se atenção primeiro, a necessidade de identificar as transformações necessarias na e para a prática dos professores, assim como suas influências para formulação de acções de auto-formação.
Tal como diz ALMEIDA (2004), para a inserção dos computadores na escola é preciso analisar a formação profissional dos professores e as respectivas consequências.
E COSTA at al (2007:241) é pertinete equacionar se um modelo de trabalho que não se resume a formação mais específica e de acompanhamento, colocando e de acompanhamento, colocado como modelo F@R (Formação- Acção- Reflexão), cuja base é o desenvolvimento profissional, desencadeando situações concretas de exploração de tecnologias disponiveis em cada contexto, construindo oportunidade de análise crítica no professor.
 Para que isso acontença, é necessario criar se cadeiras específicas, com conteúdos e objectivos específico com ensino de competências informaticas, o uso de computador como meio didáctico para a concretização das aulas, mostrar como pode se tornar mais efectivo o PEA com ajuda do computador, fornecer condições para aquisição e desenvolvimento de competências específicas para a exploração das diferentes àreas curriculares abrangidas (disciplinas do ESG) de forma a introduzir confiança e facilitar o uso das TICs.
1. Que tipo de reflexões fazem os professores sobre o processo de ensino-aprendizagem, no que se refer a utilização das TICs e como superar as dificuldades?
2. Em que medida influência a competência no nível de confiança dos professores na integração das TICs nas suas práticas educativas?
Portanto,  julgamos que na formação dos professores precisa-se da introdução de uma cadeira específica com objectivos  e conteúdos específicos, virado ao ensino de competências informáticas  (não para formar programadores  mas sim) como entender o computador como um meio didáctico usado para a concretização das aulas, mostrando se como podes se tornar mais efectivo o PEA  com ajuda deste meio e de professores competentes na área;
·        Propor se um espaço de reflexão sobre as potencialidades das tecnologias no contexto educativo ou no PEA;
·        Fornecer condições para aquisição e desenvolvimento de competências específicas para exploração das diferentes áreas curriculares- disciplinas do ESG de forma a indroduzir confiança e facilitar o seu uso pelos professores;
·        Criar se condições para estimular o desenvolvimento de estratégias próprias em cada uma das áreas curriculares em funçãodas especialidades e trajectos de formação tendo em vista a formação eficaz de cada professor;
 Pois é preciso compreender que a integração das tecnologias no curriculo de formação de professores em particular nas didáctica específicas e/ou a criação de uma disciplina especificamente didáctica, separando a aprendizagem e dóminio técnico das tecnologias cuja vantagem seria o benéficio das tecnologias no PEA em função das especialidades, também seria uma aprendizagem dum curriculo oculto. Isto é, a aprendizagem sobre o papel e o valor efectivo das tecnologias no processo de ensino- aprendizagem em especial e em geral.
Portanto, esta idéia, pode ser relacionada com a visão de Perrenoud, que ressalva a importância de um currículo por competências e gerar uma drástica redução dos conteúdos ensinados e exigidos. Sendo necessario que estes possam ser efetivamente mobilizados em situações no âmbito escolar. Isto é, competência, como princípio de organização curricular,
enfatiza a atribuição do “valor de uso” de cada conhecimento. E como consequência, o currículo se preocupa mais com as competências a serem construídas do que com os conhecimentos a ensinar.
Para se entender currículo por competência, é necessário fazer uma opção conceitual em relação ao que se configura como competência.

Pois primeiro para a organização de um currículo baseado em competências consiste em se avaliar o perfil do profissional necessário para atender às demandas de uma dada actividade, configurando-se os diversos tipos de competências relacionadas com tal perfil, (neste caso específicos da formação de professores para usarem as TICs no ESG).
1.3. Uso das TICs para prendizagem significativa nos alunos

1. Que tipo de modificações o uso das tecnologias, origina nas estratégias de ensino e como é feita a gestão dos processos de aprendizagem com tecnologias (gestão do tempo, espaço e da autonomia do aluno).
2. No caso de uso das tecnologias nas actividades curriculares, como é que os professores introduzem, com que objectivos e que trabalhos os alunos são ou serão chamados para desenvolver?

Para alem da competência profissional que normalimente são objecto de formação dos professores e do conhecimento tecnologicos disponiveis, parece que permite dar uma especial atenção ao desenvolvimento das capacidades de manipular as novas tecnologias enquanto ferramentas de aprendizagem, em sintonia com a reflexão sobre os novos papeis do professor tendo em conta os objectivos de ajudar o aluno a ser o construtor do conhecimento e do curriculo, reflectir sobre o aprendizado, desenvolver estrategias de auto- aprendizagem.
Entretanto, a interação aluno-computador precisa ser mediada por um profissional que conhece os potenciais do computador, tanto do ponto de vista computacional, quanto do pedagógico e do psicológico.
De acordo com GARCIA (1999:86), são 4 as competentes do conhecimento de um professor profissional que deve se ter em conta na formação:
Conhecimento global da matéria; conhecimento do conteúdo; princípios gerais do ensino – Aprendizagem e conhecimento didáctico do conteúdo.
Portanto, o papel do professor como agente de aprendizagem (para além de que, o aluno como um ser social, está inserido em um ambiente social que é constituído, localmente, pelos seus colegas e, globalmente, pelos pais, amigos e mesmo a sua comunidade. O aluno pode usar todos esses elementos sociais como fonte de idéias, de conhecimento ou de problemas a serem resolvidos por intermédio do uso do computador) deve saber que no decurso do ciclo: descrição-execução-reflexão-depuração-descrição que se estabelece na programação também acontece quando o aluno usa o computador para criar um texto, usando um processador de texto, quando utiliza o computador para desenvolver uma multimídia por meio de um software de autoria, ou mesmo uma planilha ou criar um banco de dados. Ou seja, esse ciclo acontece sempre que o aluno interage com o computador usando software abertos onde, o aluno transmite informação para a máquina e não a máquina para o aluno.  
De acordo com o paradigma intrucionista, o uso do computador tem sido caracterizado como construtivista, permite a construção de conhecimentos nos alunos ou seja o computador tem a finalidade de facilitar a construção do conhecimento nos alunos de acordo com a capacidade de cada aluno (VALENTE, 2007).
No entanto, a introdução dos computadores nas escolas como recursos importantes para auxiliar o processo de ensino/aprendizagem na nossa realidade, requer uma análise cuidadosa do que significa ensinar e aprender com o computador, pois existe aqui grandes demandas e essas é uma das demandas que revertem a prática e a formação do professor para esse novo contexto, assim como a refeita mudança no currículo e ainda a estruturação da propria escola (equipar as escolas e com computadores suficientes e instalações adequadas).

1.4. Mudaça de atitudes dos professores face as TICs
Que experiencias tem os professores acerca das tecnologias e que tipo de uso efectivo faz delas?
Segundo COSTA (2005:244), a formação dos professores deve ter em conta a mudança de atitudes da mesma face as TICs e o seu potencial para o uso das mesmas em contexto educativo.
Portanto, esse parece ser um dos factores mais determinante na dicisão profissional e pessoal (competência) sobre a utilização das tecnologias, no entanto, parece nos que a formação deve ser estruturada com base numa estrategia que permite a mudaça de atitudes dos professores face ao potencial pedagógico deste novo recurso didáctico, através da tomada de conciência da importância da utilidade e beneficio que esse material, usado como ferramenta do EA, pode trazer ao PEA. Pois as tecnologias podem ser um elemento do progresso educativo mas é necessário o papel do professor.

II. CONCLUSÃO
A implementação de qualquer inovação curricular é condicionada por vários factores, tais como: aluno, professor como principal arquitecto da selecção de estratégias, que tem
necessariamente um peso determinante nas escolhas que faz para execução, A relação humana a relação estabelecida entre o professor e os alunos e dos alunos entre si, estabelecimento, os conteúdos,etc. Dai que, as constantes mudanças no mundo contemporâneo geram a necessidade de se repensar o processo de trabalho.
Surgerindo, assim, a preocupação com a questão do currículo. Como deve ser o ensino tendo em vista a formação do trabalhador em suas diversas áreas de atuação? Como garantir que ele aprenda aquilo realmente necessário para uma actuação efetiva, responsável, ética, levando em conta as particularidades do contexto social onde se insere?
Portanto, a introdução das TICs no curriculo do ESG deve ser acompanhada de várias mudanças na formação dos profissionais da educação, mas estás não podem ser vistas como único factor desencadeador de mudança na escola pois outros aspectos também devem ser revistos, tais como: a forma como o currículo afecta o desempenho do professor e a maneira como a gestão escolar interfere no PEA. É necessário que os elementos intervenientes sejam capazes de superar barreiras de ordem pessoal e pedagógica, com o objectivo de ultrapassar uma visão fragmentada de ensino a fim de alcançar uma concepção interdisciplinar voltada para o desenvolvimento de projectos específicos de interesse dos alunos e dos professores e no seu exercìcio.
A introdução das TICs impõe uma nova forma de ensino: a integração dos recursos tecnológicos em aula e na gestão dos centros escolares. Portanto, exige a actualização de conhecimentos e capacidades de professores para enfrentar os desafios das novas tecnologias na educação, conhecendo as repercussões que têm no seu trabalho como professor capaz de desenhar, produzir e valorizar recursos didácticos simples que dinamizem as suas aulas (os professores devem aprender a incorporar materiais multimédia, informáticos ou de internet, na docência de diferentes disciplinas do ensino secundário).
Portanto, aceitando a existência de isomorfismo entre aprendizagem das tecnologias pelos alunos em larga medida da responsabilidade ds professores e o modo como os professores devem ser formados, estamos a crer que a formação dos professores deve ser estruturada não apenas como base de adquirir conhecimentos sendo, relevante as oportunidades de exploração que os professores possam realizar de preferência com os alunos em situações concretas da utilização e com possibilidade de recursos a acessorios pedagógicos à medida que se aplica com as novas ideias na prática como uma das estratégias de implementação curricular. Os desafios na implementação dos computadores na escola, relega nos as mudanças educacionais, no entanto, se eles não forem atacados corremos o risco de perpetuarmos uma escola ou ensino sem objectivo bem traçados no e para uso da informática. Portanto, no tocante à formação dos professores, sugerimos como melhor opção o currículo integrado, que faz uma articulação dinâmica entre trabalho e ensino, prática e teoria, ensino e comunidade, levando em conta as características sócio-culturais do meio. Pois nos últimos anos, tem se fortalecido a idéia de que a escola deve priorizar o desenvolvimento de competências, e não a transmissão de conhecimentos.
O currículo também é um espaço de conflitos onde se entrecruzam lógicas bem diferentes, "será sempre polémico aplicar ao mundo da escolaridade um conjunto de pressupostos prévios que não reflictam a natureza dessa mesma escolaridade e não ponderem a função social, política e cultural da educação" Pacheco (1996:42).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA
ALMEIDA, Maria Elisabeth Bianconcini. Inclusão Digital do Professsor- formação e prática pedagógica, São Paulo, 2004;
ALVES, Bruna Pereira. Fracasso escolar: discussões e possibilidades, 2009.
BENÍCIO, Edgard R. Educação e tecnologias: novidades, desáfios e formação de professores, 2010;
COSTA, A. Fernando at al. As Tic na Educação em Portugal. Porto-Portugal;
CRÓ, Maria de Lurdes. Formação inicial e continua de educadores/ professores: estrategias de intervenção. Porto editor/ Portugal (s.d);
INDE. Plano curricular para formação de professores em Moçambique. Maputo, 2006;
INDE. Plano Curricular do Ensino Secundário Geral. Maputo, 2007;
MINED/DNFPTE Moçambique, Estrategias para Formação de professores 2004-2015, prposta de politicas, Maputo; 2004;
NIQUICE, Adriano Fanissela. Formação de Professores Primários: Construção do curriculo. Maputo, 2006;
 PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre, 2000;
PACHECO, José Augusto. Teoria curricular crítica: os dilemmas (e contradições) dos educadores críticos. Revista Portuguesa de Educação, 2001, 14 (1), pp. 49-71
 VALENTE, José A. Informática na Educação: O Computador auxiliando o processo de mudança na escola. (s/d)


[1] Ensaio, usado como pré- requesito da avaliação na Cadeira de Teória de Curriculo, 1º  ano do  curso
de Mestrado em Educação/ Psicologia Educacional- UP, Maputo. (2010)

[2] Mestrando do Curso de  Mestrado em Educação/ Psicologia Educacional- UP, Maputo.
 e já eccionou (Convidado)  as Cadeiras de MIC e Estrategias Empresariais na UMBB e ISCISA ambas de Maputo.

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